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Renault Captur ganha motor de Mercedes e volta a ser uma boa opção entre os SUVs nacionais

Atualizado: 9 de ago. de 2021

Lançado em 2016, modelo corrige mancadas, melhora acabamento e fica esperto!

Às vezes fico confuso com a maneira como algumas montadoras definem seus produtos para o mercado. As estratégias e escolhas, muitas vezes definidas sem interpretar o verdadeiro desejo do consumidor pode fazer um bom produto encalhar... Veja o caso do Renault Captur, lançado em 2016 aqui no Brasil.


O SUV, de linhas belas e refinadas, destoando do visual abrutalhado da maioria dos SUVs, perdeu a chance de colocar a marca entre as referências do segmento. Na época do seu lançamento era vendido em duas versões: Zen, de entrada, equipada exclusivamente com motor 1.6 16 válvulas e transmissão manual. A versão mais luxuosa, topo de linha, batizada de Intense, era equipada com motor 2.0 flex de 148 cavalos e transmissão automática de apenas 4 velocidades herdada do Renault Duster...


Bons motores, porém, mal dimensionados para o produto. Enquanto o 1.6 SCe, de 120 cavalos, carecia de força e só vinha com câmbio manual, a falta de diálogo entre o motor 2 litros e a transmissão automática, que já era considerada antiquada para os padrões da época do lançamento, destruía qualquer expectativa.


O resultado da combinação desafinada entre motor e câmbio resultava num automóvel de aparência jovem e esportiva, que se comportava bem quando rodava sem pressa, com trocas de marcha suaves, mas com empolgação zero na hora das retomadas. Aliás, era na hora de usar a potência do motor 2 litros que o motorista se decepcionava com o Captur... O câmbio não respondia com a mesma pressa aos comandos do acelerador e, para piorar, quando o conjunto entrava num acordo e resolvia trabalhar, a transmissão reduzia as marchas fazendo o motor urrar, acabando em instantes com todo o encanto do belo SUV francês... Isso sem falar no consumo de combustível, digno de um V8 das antigas.


Em 2017 a Renault sacou a mancada e, em lugar de mexer no modelo 2.0, optou por fabricar a versão 1.6 com a transmissão do tipo CVT (continuamente variável). Assim o Captur passou a ser oferecido com 3 opções de transmissão e 2 de motorização.



Motor Mercedes? Sim!


Agora, depois de manter o belo SUV no cantinho do abandono por todo esse tempo a Renault finalmente decidiu dedicar a atenção que ele merecia desde que foi lançado.


Em seu primeiro face-lift, uma tradição quando os modelos atingem o meio de sua vida útil, a Renault finalmente corrige algumas das principais falhas do Captur.


Para começar, adota o novíssimo propulsor TCe 1.3 turbo, de 170 cavalos e impressionantes 27,5 kgf.m de torque, e a transmissão CVT XTRONIC, desenvolvida pela Nissan, de 8 velocidades! Isso quer dizer que de patinho feio, que de feio nunca teve nada, o Captur passa a brigar de igual para igual com os líderes do disputado (a tapas) mercado dos SUVs.


Quer mais? Esse motor, considerado um dos mais modernos da atualidade, é o mesmo usado pela Mercedes-Benz para equipar o Classe A e os SUVs GLA e GLB. Um detalhe, no Captur ele tem 7 cavalos à mais de potência, tá bom pra você?


CONFIRA ABAIXO O VÍDEO COM TODOS OS DETALHES DO NOVO KICKS

E o acabamento?


Pois é, o acabamento da geração anterior do Captur não condizia, de novo, com o apelo visual do carro... Plásticos duros, com algumas rebarbas nas primeiras versões, botões mal posicionados (principalmente o seletor do piloto automático, que ficava debaixo da alavanca do freio de mão!) e volante apenas com ajuste de altura, eram algumas das falhas que mais incomodavam.


A nova geração corrige exatamente esses pontos negativos, com a adoção de materiais melhores, com superfícies emborrachadas e agradáveis ao toque e melhorias como volante que finalmente oferece ajustes de profundidade e altura. Ah, e antes que me esqueça e um novo posicionamento dos botões.


De quebra, o Captur ganhou um volante novo, com mais funções e uma nova central multimídia de 8 polegadas, mais rápida e intuitiva, com espelhamento de smartphones Apple CarPlay e Android Auto, e sistema Multiview, com quatro câmeras.


Para completar as mudanças, painel bicolor, marrom e preto, e a mistura de detalhes em preto brilhante e alumínio. Todo esse conjunto garante uma atmosfera mais sofisticada e finalmente coloca o carro em seu devido lugar.


O som de alta-fidelidade (essa é antiga, hein?) é top, da marca Bose.




Tapa no Visual


Do lado de fora, o destaque fica para o novo design frontal com faróis full LED e o para-choque redesenhado. Os faróis de neblina, também em LED, agora agregam a função auxiliar em curvas. A grade superior está mais larga e ganha um detalhe cromado, dando ainda mais sofisticação ao modelo.


As rodas de 17 polegadas, que harmonizam com o desenho do SUV, repetem o design das que são usadas na nova geração do Duster. Nada que desabone a opção, aliás.


Na traseira, lanternas LED, ponteira do escapamento cromada e o distintivo com o nome Captur passa a ser na mesma cor da carroceria. A sigla TCe (do inglês Turbo Control Efficiency), em alusão ao motor turbo 1.3 flex, também divide espaço na tampa do porta-malas.


Um dos charmes do Captur, presente desde o seu lançamento, é a pintura saia-e-blusa, chamada pela Renault de bíton. Dá para escolher entre oito combinações de cores, incluindo seis combinações em bíton. O teto do Captur pode ser preto ou prata. A carroceria ganhou duas novas cores: bronze Sable e azul Iron, que se somam às cores branco Glacier, vermelho Fogo, prata Etoile e cinza Cassiopée.


O Captur acomoda cinco passageiros com conforto, graças aos 4,38 m de comprimento e 2,67 m de entre-eixos, as maiores dimensões entre os B-SUVs com motores turbo do mercado. Mesmo no banco traseiro, três pessoas podem viajar confortavelmente. O porta-malas tem capacidade para 437 litros, o maior desta categoria.


E o preço? O Captur passa a ser oferecido agora em 3 versões diferentes de acabamento, todas equipadas com o novo motor 1.3 turbo que aposenta, numa única tacada, os modelos 1.6 e 2.0.


Com isso, agora são oferecidas as versões ZEN TCe, de entrada, vendida a partir de R$ 124.490, a intermediária, Intense TCe, que custa a partir de R$ 129.490 e a topo de linha, que foi batizada de Iconic, que começa em R$ 138.490.


©Joaquim Rimoli | AutoMotori 2021







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